Aplicativo traduzirá textos, áudios e vídeos para linguagem de libras na Feira do Empreendedor de Alagoas
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Criado por três jovens alagoanos, o aplicativo Hand Talk (Mãos que Falam) vai permitir a inclusão de deficientes auditivos na Feira do Empreendedor, que será realizada entre 9 e 12 de outubro na capital do estado. A partir de uma biblioteca de animação, programada com mais de 300 palavras e do personagem Hugo, o sistema traduz textos, sons e imagens para a linguagem de libras.
Para se adequar ao evento, serão incluídos à programação mais 200 novos verbetes para que seja possível traduzir termos da ficha de inscrição, dos totens, do hotsite do evento e de alguns vídeos. A ação é fruto de uma parceria entre o Sebrae em Alagoas e os sócios da empresa.
Em fevereiro de 2013, o Hand Talk foi o vencedor do prêmio WSA-Mobile, na categoria Inclusão Social, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. A ideia surgiu em 2008, em um trabalho de faculdade. No entanto, somente em 2012, os sócios Ronaldo Tenório, Carlos Wanderlan e Thadeu Luz deram continuidade e inscreveram o projeto num evento alagoano de startups, onde conseguiram investidores.
“O Hand Talk surgiu com a intenção de aliar a tecnologia ao processo de inclusão social dos deficientes auditivos em áreas como educação, trabalho, lazer e qualquer atividade do dia a dia”, explica Carlos Wanderlan. Durante a Feira do Empreendedor 2013, a Hand Talk também apresentará seus outros produtos e lançará uma outra ferramenta de tradução, que converte conteúdos de sites para Libras, em tempo real, por meio de um simples clique.
Para Fátima Santos, gerente da Unidade de Acesso a Mercado do Sebrae em Alagoas, a participação da empresa se encaixa no quesito inovação e agrega valor ao evento. “A parceria com a Hand Talk vem permitir que nos comuniquemos melhor com um público que também pode ter interesse em abrir seu próprio negócio e que muitas vezes enfrenta dificuldades que vão além daquelas normais de todos que abrem uma empresa: a falta de acessibilidade", afirma ela.
O empresário Ronaldo Tenório, um dos sócios da Hand Talk, afirma que a participação do personagem na feira é uma forma de introduzi-lo no universo dos pequenos negócios e criar novas demandas. “Nosso principal objetivo é que cada vez mais pessoas se beneficiem da tradução do aplicativo. Quanto mais negócios utilizando esse serviço, melhor para a comunidade de deficientes auditivos. Queremos difundir em grande escala as soluções para os empreendedores que farão parte desse grande evento”, explicou Ronaldo.
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