segunda-feira, 28 de julho de 2014

Terra sobreviveu a um "quase" fim em 2012, por tempestade solar

Por Eric Colombo
Nasa Earth Observatory
No dia 23 de julho de 2012, o Sol entrou em erupção, produzindo uma poderosa tempestade solar, poucos sabem dos riscos que correram neste ano, mas a erupção no Sol foi tão poderosa, que era o suficiente para levar "a civilização moderna de volta para o século 18", segundo a própria NASA.

As tempestades solares ocorrem por conta de erupções na superfície solar, fenômeno que ocorre por mudanças repentinas no campo magnético do Sol.

O clima espacial extremo que atravessou a órbita da Terra neste dia, foi o mais poderoso em 150 anos.

Daniel Baker, professor de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado, disse: "Se a erupção tivesse ocorrido apenas uma semana antes, a Terra estaria na linha de fogo". Mas como não estava, a tempestade atingiu o STEREO-A, um observatório solar, que é, segundo a NASA, "quase que idealmente equipado para medir os parâmetros de um evento como esse".

Cientistas analisaram os dados coletados e chegaram a conclusão de que, este, teria sido uma tempestade solar pior, do que o evento Carrington, ocorrida em 1859, onde na manhã de 1 de setembro, o astrônomo Richard Carrington, viu um enorme clarão que rompeu a superfície do Sol e emitiu um fluxo de partículas que viajaram a mais de 4 milhões de quilômetro por hora, em direção a Terra. Nesta tempestade, postos de telégrafo pegaram fogo, as redes tiveram interrupções, distúrbios no campo magnético da Terra, além de auroras boreais em quase toda a América do Norte.

No evento de 2012, segundo Baker, 'nunca a Terra e os seus habitantes, tiveram tanta sorte'.

A Academia Nacional de Ciências, disse que o impacto econômico, que uma tempestade como a de 1859 poderia causar é de mais de US$ 2 trilhões, além de causar danos que levariam anos para serem reparados, afinal, segundo especialistas, ocorreriam blecautes generalizados, desativação de redes como rádio, GPS, abastecimento de água, computadores seriam destruídos, circuitos integrados derretidos, em suma, a civilização voltaria ao século 18.

De acordo com o físico Pete Riley, há uma chance de 12% de uma super tempestade solar, do tamanho de Carrington atingir a Terra nos próximos 10 anos. Ele disse mais: "Inicialmente, fiquei bastante surpreso que as chances eram tão altas, mas as estatísticas parecem estar corretas".

Fonte:Phys.org

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