Equipe de pesquisadores criou uma forma de usar lítio no anódo da bateria, em vez de somente no eletrólito
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Pesquisadores da Universidade Stanford acreditam que podem triplicar a vida útil da bateria de smartphones e tablets. Entretanto, o resultado do estudo pode levar alguns anos até se converter em produtos para o consumidor final.
A pesquisa publicada no jornal científico Nature Nanotechnology detalha como a equipe de pesquisadores criou uma forma de usar lítio no anódo da bateria, em vez de somente no eletrólito. O desafio era deixar a bateria estável, algo que foi resolvido com uma pequena proteção de carbono, com apenas 20 nanômetros, ao redor do anódo.
Segundo o Phys.org, para efeito de comparação, seriam necessárias 5.000 camadas empilhadas para que a espessura fosse igual à de um fio de cabelo humano.
Como indica o Gizmodo, as baterias têm três partes básicas: um eletrólito para fornecer elétrons, um anódo para descarregá-los, e um cátodo para recebê-los. O lítio só está presente no eletrólito das baterias e não sobre o eletrodo, uma vez que, durante o carregamento, os íons de lítio no anódo e no cátodo expandem-se dramaticamente, fazendo com que os eletrodos se quebrem, dessa forma, tornando o componente instável.
As implicações desta descoberta não se limitam aos seus dispositivos móveis, mas chegam até mesmo aos carros. "Você pode ser capaz de criar um telefone celular com o dobro ou o triplo da vida útil da bateria ou um carro elétrico com um alcance de 300 milhas que seja vendido por apenas US$ 25 mil", explica Guangyuan Zheng, um dos pesquisadores.
Para que essa tecnologia seja viável em termos comerciais, é necessário que ela tenha eficiência de 99,9% ou mais. Outros projetos semelhantes tinham 96% e a eficiência caía para 50% após 50 ciclos de recarga. O projeto dos pesquisadores de Stanford atingiu a marca de 99% e conseguiu manter a carga mesmo após 150 ciclos.
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