segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Novo disco armazena informações por 1 milhão de anos

Reprodução
A capacidade de armazenamento é algo que tem melhorado muito ao longo dos anos. Partindo do primeiro computador comercial feito pela IBM até os dias atuais a evolução é notável, pois se aquela máquina de 1956 dependia de 50 discos de 24 polegadas para guardar 5 megabytes de informação, hoje existem discos rígidos de 3,5 polegadas que armazenam 1 terabyte.

Uma coisa, porém, não mudou: a quantidade de tempo pelo qual os discos conseguem manter os dados. Desde o começo isso não passa de algo em torno de uma década.

Isso está prestes a mudar graças a Jeroen de Vries, da Universidade de Twente, na Holanda, que junto com colegas desenvolveu e construiu um disco capaz de armazenar informações por 1 milhão de anos. Ou mais.

O método por trás da descoberta, por incrível que pareça, é simples: o disco é feito de um metal fino onde os dados são gravados no padrão de linhas e em seguida cobertos por uma camada protetora. O metal escolhido foi o tungstênio, cuja temperatura de fusão é 3.422 ºC, e a camada é de nitreto de silício. As linhas de gravação têm 100 nanômetros de largura e os dados foram gravados em forma de QR code.

Os pesquisadores usaram técnicas de aceleração de envelhecimento para testar a criação - já que não dá pra esperar 1 milhão de anos até a decomposição - e descobriram que dava certo.

Para que os dados sobrevivam durante todo esse tempo, o disco teria de ficar intacto por 1 hora sendo aquecido ininterruptamente a 445 kelvin, o que ocorreu com facilidade. Na verdade, a unidade aguentou até 848 k, embora uma boa quantidade de informações tenha se perdido.

Por que isso é importante? Com uma sociedade cada vez mais conectada que não para de gerar conteúdo, preservar a História pode se tornar um problema daqui a alguns anos. Se houver um disco que aguente por tanto tempo o que acontece hoje poderá ser visto pela posteridade.

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