terça-feira, 8 de outubro de 2013

NASA quer estampar a Lua em 2018

Apple será a primeira marca da história a ser estampada na Lua
Apple será a primeira marca da história a ser estampada na Lua

Parece que o shutdown americano fez sua primeira vítima: a Lua. Com o fim dos investimentos em programas espaciais e o recente apagão do orçamento do governo, a NASA planeja alugar nosso satélite como outdoor publicitário já a partir de 2018, em parceria anunciada hoje com a gigante da construção civil YAFCOM. O objetivo seria criar um modelo de negócios sustentável com os recursos levantados, viabilizando a continuidade do programa espacial.

Em nota, a agência diz que o plano remonta dos anos 70, quando “observou-se enorme potencial comercial”, uma vez que a Lua é visível quase todas as noites em todo mundo. A primeira empresa a se interessar pelo anúncio foi a Apple, que recentemente tornou-se a marca mais valiosa do planeta e, em breve, deverá ser a marca mais valiosa do satélite também.

Segundo Robert Lutece, diretor científico do Centro de Exploração Comercial Lunar, somente agora a tecnologia necessária para o ambicioso plano está disponível. “Diferente do que os filmes de heróis nos fazem imaginar, não é possível projetar uma imagem na Lua usando holofotes, uma vez que sua superfície branca é iluminada com a luz solar direta” – disse Robert. Ainda, segundo ele, o consumo de energia de um possível projetor tornaria o custo proibitivo mesmo considerando as fases da Lua em que ela não está iluminada pelo Sol.

A solução veio na parceria com a YAFCOM, que vai se aproveitar do fato que a Lua está sempre com a mesma face virada para nós e promover uma modificação do terreno lunar a fim de literalmente estampar o satélite. “Como sabemos, apenas uma das faces é visível [da Terra]. O que vamos fazer é remover a camada superficial de areia revelando assim o solo mais escuro, rico em ferro, que está embaixo dela, formando o desenho”, disse Zachary H. Comstock, CEO da YAFCOM.

Comstock também comenta que o custo de enviar as escavadeiras robôs para a Lua, apesar de alto, é um investimento único: “após instaladas, as velozes escavadeiras serão controladas remotamente da Terra como uma impressora, sem custo adicional”. O tempo de impressão de uma nova imagem é estimado em 6 meses e os robôs serão alimentados por painéis solares.

A notícia já causou muita polêmica e diversos países se posicionaram contrários a iniciativa, alegando que os EUA não possuem direitos exclusivos de exploração da Lua. Tentando antecipar a possível crise diplomática, a NASA anunciou que a receita gerada poderá ser negociada com outras agências espaciais que se dispuserem a ajudar no envio dos equipamentos para o espaço.

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