sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Homem biônico é apresentado em museu de Washington

Robô com rosto humano foi fabricado pela empresa londrina Shadow Robot para demonstrar avanços da medicina

Engenheiro faz pequenos ajustes no robô "The Incredible Bionic Man" no Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, em Washington
Joshua Roberts/Reuters
Um inovador "homem biônico" que fala e anda, construído inteiramente com partes corporais sintéticas, foi apresentado na quinta-feira no Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, em Washington.

O robô com rosto humano foi fabricado pela empresa londrina Shadow Robot Co. para demonstrar avanços da medicina na criação de partes de corpos e órgãos sintéticos.

"Isto não é um golpe de propaganda. É um desenvolvimento científico real", disse o diretor do museu, John Dailey.

Com 1,83 m de altura de 77 quilos de peso, o robô é o protagonista de um documentário de uma hora produzido pelo Smithsonian Channel, chamado "The Incredible Bionic Man" ("o incrível homem biônico"), que vai ao ar no domingo.

A ideia do "homem biônico" inspirou a ficção científica na década de 1970, quando a série de TV "O Homem de Seis Milhões de Dólares" mostrava as aventuras de um personagem chamado Steve Austin, um ex-astronauta que havia tido o corpo reconstruído com partes sintéticas após quase morrer.

O robô exposto no museu custou 1 milhão de dólares e foi feito com 28 partes artificiais emprestadas por empresas biomédicas inovadoras. Isso inclui um pâncreas, pulmões, baço e sistema circulatório. Muitos dos componentes ainda são protótipos em estágio inicial.

"A ideia do projeto é juntar todas as partes sobressalentes que já existem hoje para o corpo humano hoje - uma peça. Se você fizesse isso, como ficaria?", disse Bertolt Meyer, psicólogo social da Universidade de Zurique e apresentador do documentário.

O robô foi construído à imagem e semelhança do próprio Meyer, que nasceu sem uma mão e usa um membro mecânico. Ele demonstrou o homem biônico fazendo-o dar alguns passos desajeitados e colocando seu sangue artificial para correr no sistema circulatório transparente.

"Ele meio que parece real. É meio esquisito" comentou o turista Paul Arcand, que visitava o museu com a esposa.

O rosto do robô não tem expressão, e ele praticamente não tem pele. O homem biônico é controlado remotamente por computador, e conexões sem fio Bluetooth foram usadas para operar seus membros.

A criação tem uma inteligência artificial limitada a um programa "conversador", semelhante ao assistente Siri do iPhone, segundo Robert Warburton, engenheiro de design da Shadow Robot.

"As pessoas que o fizeram decidiram programá-lo com a personalidade de um menino de 13 anos da Ucrânia", contou ele. "Então, não é realmente a mais educada das pessoas para se conversar." A montagem começou em agosto de 2012 e levou três meses.

O robô já havia feito uma aparição na semana passada na convenção de cultura pop Comic Con, em Nova York, e ficará exposto no museu de Washington até dezembro.

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